História de
A Polícia Federal está investigando a origem e o destino da quantia de R$ 1,1 milhão que foi apreendida com o então assessor parlamentar do deputado federal Antônio Doido (MDB-PA).
O montante foi flagrado na última sexta-feira (17), quando o assessor Jacob Aarão Serruya Neto recebeu a quantia do representante comercial de uma empresa, em Belém (PA). Os dois foram presos em flagrante.
Segundo a PF, o saque de alto valor em espécie é indício de lavagem de dinheiro e a corrupção foi configurada no momento do repasse, em mãos, do total.
Além da quantia milionária, a PF apreendeu dois veículos – um deles blindado – em posse dos suspeitos, celulares e documentos.
Um inquérito foi aberto. Com a apreensão, a PF passa a tentar mapear a origem do dinheiro e o destino.
Uma perícia está sendo feita nas notas que estavam guardadas e o que foi apreendido está sendo analisado, inclusive, trocas de mensagens com autorização judicial. A PF quer saber se o dinheiro encontrado seria uma troca de favores entre poderes público e privado, visto que a empresa que teve o representante preso firmou contratos com prefeituras no Pará que superam R$ 24 milhões em recursos federais. A investigação começou a partir de uma denúncia anônima encaminhada à Polícia Federal na quinta-feira (16).
O denunciante informou que um valor superior a R$ 1 milhão seria sacado da conta da empresa para o pagamento de propinas para servidores públicos.
A denúncia informou também o horário da operação e o endereço da agência bancária, que passou a ser monitorada pela PF. No sábado (18), os dois presos foram soltos após audiência de custódia e responderão ao caso em liberdade. A CNN pediu posicionamento do deputado Antônio Doido (MDB-PA), mas não obteve retorno.
Pelo sistema de transparência da Câmara dos Deputados, o então assessor parlamentar foi exonerado no domingo (19), dois dias após a prisão. Ele recebia R$ 3,5 mil de remuneração. A reportagem busca contato com a defesa do investigado.
REPUBLICADO:VER NOTÍCIAS POR CHIQUINHO BARBOSA